E fizemos uma bela ponte...

Estávamos preparados para construir a ponte debaixo da maior intempérie (não íamos desistir, não julguem), mas afinal o tempo esteve de feição e não precisámos de vestir os impermeáveis amarelos e calçar as galochas a condizer (tínhamos tudo preparado).

A empreitada começou uns dias antes com a recolha de material (canas da Ribeira do Murtal); usámos depois os mais avançados métodos de cálculo experimental, aplicando-os à projecção de pontes e finalmente, ainda em laboratório, ensaiámos a construção.

A ponte aguentou-se à nossa porta durante um par de dias, o que nos levou a crer que resistiria sem problemas umas horas de pé na Feira do Livro. Não nos enganámos.

Ao fim da tarde, começámos a montagem: tirantes, perfis, tabuleiro, torres, tudo OK.

Os ajudantes foram chegando. Vinham com ganas de trabalhar e mesmo os que mal gatinhavam atiraram-se às canetas e aos cartões como se não houvesse amanhã.  

Na ponte fomos instalando carros, camiões, pessoas, mercadorias, casas e tudo o que nos apeteceu: arco-íris, sereias e até cartas para o Planeta Tangerina (há oportunidades que não se podem perder).

A ponte ficou linda.
Obrigada a todos os ilhéus (e também aos continentais) que vieram ajudar.



(Já a semana passada os patos tinham ficado lindos. Vejam só:)