Os novos pórticos (traiçoeiros) das SCUT's têm levado muitos viajantes a redescobrir as estradas nacionais, ditas "antigas". Portanto, este livro, que começou por ser uma espécie de livro memória onde comparavámos as viagens rápidas pelas auto-estradas com as viagens mais lentas de antigamente, talvez se venha a transformar num livro-memória-exatamente-ao-contrário: um safanão inesperado da máquina do tempo transforma as viagens pelas auto-estradas em "viagens de antigamente", as viagens pelas estradas nacionais passam a ser o pão nosso de cada-dia...
Na Suíça, país sede das Éditions Notari, é bem possível que até as estradas nacionais sejam irrepreensivelmente alcatroadas. Ainda assim, não deixa de fazer sentido um livro como As Duas Estradas, cuja edição em língua francesa será lançada na próxima semana pelas Éditions Notari.
Como diz a Paola na apresentação de Les Deux Routes: "esta comparação (entre viagens) mostra que o mundo muda em função das diferentes percepções que temos, e sobretudo que a vida é uma aventura que pode mudar drasticamente de acordo com os caminhos que decidimos escolher, mesmo se o ponto de partida e de chegada são idênticos".
Trazendo a frase para realidade portuguesa, ocorre-me dizer que mudar drasticamente tudo pode mudar (para muitos já mudou). Se o ponto de chegada vai ser idêntico ou não, isso é que é difícil de prever (e agora aparece o Sérgio Godinho a cantar: "adivinhar o futuro, é muito duro, é muito duro...").
Merci à Paola, ao Luca e às Éditions Notari, parceiros cinco estrelas do Planeta Tangerina em língua francesa.
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