quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

"Daqui ninguém passa!" (por aí a fazer estragos)


No Cadeirão Volaire, Sara Figueiredo Costa fez um aviso à navegação, dizendo que o "Daqui ninguém passa!" é um dos grandes livros do ano. Será?

No Bicho dos Livros, Andreia Brites diz que o "Daqui ninguém passa!" é qualquer coisa. Será?

O "Daqui ninguém passa!" também passou pelo jornal i, obrigando a jornalista Ana Kotowicz a "fazer parte de um movimento revolucionário pela defesa de igualdade entre as páginas pares e ímpares".

Quem anda há anos nesta coisa dos jornais e das revistas, sabe bem a importância de aparecer numa página ímpar. "Tem mais leitura" dizem uns. "É para onde os olhos fogem primeiro" dizem outros. "E são as mais caras" acrescenta um vendedor de publicidade. Seja qual for a explicação, há nesta história um general —  no fundo um pequeno ditador — que queria guardar as páginas ímpares deste livro só para ele. Nas folhas da esquerda podia andar quem quisesse, agora passar para o lado direito? Nem pensar. Claro que estas coisas das ditaduras nunca correm muito bem e as revoluções acontecem. Uma história absurda de comer e chorar por mais.


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