sábado, 29 de setembro de 2012


La Couverture (Éditions Notari)
Obrigada Paola (modelo de mão, mãe e editora) pela foto!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Hej alla!

Olá a todos!

Nos próximos dias vamos estar na Feira do Livro de Gotemburgo, a apresentar o Planeta Tangerina aos editores e leitores dos países escandinavos. Para além da Feira, vamos fazer duas oficinas com crianças na Stadsbiblioteket Global. Se conhecerem alguém que esteja por perto e possa estar interessado, divulguem:

Workshop Desenha Coisas Nunca Vistas/Rita saker du aldrig sett!

Local: Stadsbiblioteket Global, Stadsmuséet, Gotemburgo

Horas: 13:00-14:00 – crianças dos 4 aos 6 anos

14:15-15:15 – crianças dos 7 aos 10

Acesso: livre, com inscrição obrigatória

Inscrições: 031-368 33 55 / global@kultur.goteborg.se

Mais informações aqui.

 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Apresentamo-vos o Simão




















Conhecemos o Simão Madeira em Julho, nos ateliers das férias do Verão do CCB.
Não o conhecíamos, mas ele já conhecia bem os livros do Planeta Tangerina e, sobretudo, o trabalho dos ilustradores do Planeta Tangerina.
Já estão a adivinhar porquê: o Simão adora desenhar. Não só desenhar, como inventar livros de uma ponta à outra. E, mesmo sem ninguém lhe ter dito como é que se faz ou sem conhecer grandes teorias sobre o assunto, ele sabe exatamente o que é preciso para fazer um livro (porque, de certeza, já leu muitos livros, é bom observador e  — agora é que ele vai ficar todo vaidoso... –, podemos dizer que  tem um talento natural para "a coisa").


O livro chama-se "Os animais andam de barco".
(Reparem como é engraçada a ligação entre a capa e a contracapa...)


Começa assim:
"Os animais estavam fartos de andar em terra.
Adivinhem porquê: porque estava muito calor.
Um dia encontraram..."


"... um papel!
Um papel com instruções de um barco.
Um volante, 6 vidros, 1 chaminé estranha, 50 tábuas + 1 escada, 1 ventoinha, 1000 parafusos... "

"Os animais começaram a fazer o barco.
O elefante e a lagarta puseram os parafusos nas tábuas.
Os outros animais fizeram outras coisas para o barco."


"Depois de terem construído o barco, a cobra perguntou:
 — Posso conduzir o barco?
— Sim podes — respondeu o elefante. — Para pores a hélice a rodar, escolhes depressa ou devagar e para o barco parar basta virares o volante — disse o elefante."

" Os animais entraram no barco e lá foram.
Fizeram várias tentativas a pintar o barco."




















"Viram... Crocodilos,"



















"Castores e Flamingos"


"Também passaram por um bichão!
Estava a dormir. Ainda bem. Ufa! Foi por pouco.
(Se o querem ver, está na contracapa)."

"Não tenho mais nada para contar. É pena!"

As imagens que aqui mostramos são pequenas (o livro é enorme, maior que um A3) e há muitos pormenores que não se conseguem ver bem: as falas das personagens, os apartes muito cómicos do narrador, os detalhes das ilustrações... Mas conseguimos ver como o Simão sabe "falar" com os leitores, criar suspense, fazer boas ligações entre as páginas, criar um ritmo dentro do livro (páginas mais densas, páginas para descansar) e, claro... desenhar com muita pinta.
Parabéns ao Simão.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Novos Cursos na Oficina do Cego

























A Oficina do Cego já disponibilizou o novo plano de formações: de outubro a dezembro, haverá cursos de Encadernação, Fabrico e Engenharia do Papel, Serigrafia, Gravura, Desenho e Coloração com Lápis de Cor ou Impressão (há um curso destinado às crianças sobre este tema).
Para além das formações pontuais, começará em novembro um Curso de História da Ilustração da responsabilidade de Pedro Moura.

Está tudo aqui.

Imagem de cima: capa de um dos números do Jornal da Oficina do Cego (ilustração de José Cardoso; edição, paginação e composição de José Feitor).

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Pós-graduação em Livro Infantil

Estão abertas as candidaturas para a nova edição da Pós-graduação em Livro Infantil da Universidade Católica de Lisboa. A grande novidade é que este ano o curso abrirá pela primeira vez com dois regimes: presencial e b-learning. Este último procura ir ao encontro de potenciais interessados que não possam deslocar-se duas vezes por semana à Faculdade durante o ano letivo.

Todos os detalhes, aqui.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Bravo miúda!

Não sabíamos, mas ficámos a saber, que a revista Bravo ainda existe (lembram-se dela?).
O último número traz em destaque como "Livro da Quinzena", adivinhem só o quê...?
A nossa karateca!



Bravo miúda!
Para não começarem já a dizer "coisas", o mesmo livro também merece destaque num planeta completamente diferente: o Jornal de Letras desta quinzena, numa peça da jornalista Carolina Freitas.


























Para ampliar e ler, clicar sobre as imagens.
(Já agora): o preço do livro na revista Bravo não está correto (PVP: 14 euros).

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Vê-se melhor no próximo domingo

Depois de ter andado a passear pelo país, o Daqui Vê-se Melhor vai ter uma apresentação no próximo dia 16, Domingo, às 15h00 e às 18h00, na sala principal do Teatro Maria Matos (uma espécie de fechar o ciclo).

A história de como nasceu aqui e aqui, uma introdução e filme aqui.



Ensaio no "Espaço do Tempo" em Montemor-o-Novo



segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Vem aí o capuchinho vermelho...

... a avó, o lobo mau e companhia.

É lançado amanhã, na Biblioteca Municipal de Ílhavo, o livro de Sara Reis da Silva "De capuz, chapelinho ou gorro: recriações de O Capuchinho Vermelho na Literatura Portuguesa para a Infância" (para mais detalhes, aumentar imagem).
Em simultâneo e no mesmo local, é apresentada a coletânea coordenada por Sara Reis da Silva e José António Gomes que reúne de textos de várias autores inspirados no universo do capuchinho.

 


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Malas Andarilhas (2)

Quase nunca nos lembramos, mas as malas também têm pernas (ou é como se tivessem).

As Andarilhas deste ano reuniram na cave da Biblioteca uma série de colecções improváveis. Uma delas foi este conjunto de malas antigas criado por Jorge Pereira, cada uma contendo objetos de uma profissão. No programa diz assemblage de objetos de Jorge Pereira e esta legenda só adensa o mistério, porque olhamos para as malas e não percebemos se são ficção ou realidade, se o Jorge as encontrou assim já prontas nalgum sótão, se foi montando cada uma peça a peça, descobrindo os objetos sabe Deus onde. Eu acreditei que eram malas verdadeiras, de pessoas verdadeiras (já defuntas), mas ao mesmo tempo acreditei (porque as malas eram mesmo lindas) que tinham sido pensadas e montadas por alguém muito talentoso. Gostei de acreditar nas duas coisas ao mesmo tempo.

A alguns autores que também andaram pelas Andarilhas foi pedido um texto (uma micro-narrativa como agora se diz) para acompanhar cada mala e, de algum modo, dar vida às pernas que as fizeram andar de um lado para o outro.
A mim coube-me a mala do dentista, mas todas eram elas verdadeiramente inspiradoras.

Eis algumas:

A mala da atriz



A mala do médico



A mala do trolha



A mala do fotógrafo



A mala do dentista


E já agora o texto que a acompanhou (para quem tiver paciência para coisas micro mas que em formato blog ficam logo "macro"):

Chegava sempre antes de se ouvirem os primeiros murmúrios no adro. Empurrava a porta apenas o suficiente para o corpo passar para o lado de lá e logo a fechava atrás de si, fazendo a maçaneta rodar devagar como quem acerta a combinação de um cofre.
Na gaveta sob a mesa dos livros de assinaturas procurava a pequena chave do armário de canto. Fazia-o quase às escuras, apenas tateando, com a luz que rompia as frinchas das portadas a iluminar-lhe as pontas dos dedos. Depois, quase em silêncio e afundando lentamente os pés na alcatifa escura, caminhava até ao armário. Tinha tal prazer nesses instantes que, quando as portas cediam aos movimentos da pequena chave e as mãos escorregavam por entre as cortinas de seda azul celeste, não o largava a ideia de estar a entrar no paraíso.
Sobre o pano de linho pousava a taça, a caixa de porcelana arredondada, a garrafa de vidro muito fino e, finalmente, o cálice que retirava da prateleira mas alta, esticando os braços ao alto sem perder o equilíbrio. Limpava todas as peças meticulosamente, organizava-as no tabuleiro por ordem de entrada em cena e, no final, junto à pia do canto oposto, lavava-se até aos cotovelos, caminhando com os braços em L até à toalha turca onde se secava.
Foi assim durante anos. Por muito que lhe custasse admitir, aquele a que passou a chamar o dia da revelação aconteceu num domingo igual aos outros, a missa já quase a terminar, as mulheres mais velhas levantando-se para formar fila, as mais novas logo a seguir, os homens a deixarem-se para o final, como quem decide entrar num comboio já em andamento. E ele, que até costumava estar metido para dentro numa espécie de transe, longe dali, foi chamado à terra no momento em que as primeiras bocas se abriram para receber a hóstia e uma cárie com mau aspeto surgiu subitamente no seu campo de visão. Procurou voltar à concentração, fechar os olhos, mas a imagem do dente esburacado não o largou e viu-se obrigado a voltar de novo à luz para afastar os pensamentos, mas já uma nova boca se abria à sua frente e, desta vez, pareceu-lhe, um abcesso de onde pendia uma minúscula bola de pus espreitava ao fundo, atrás de um molar com aspeto maltratado. Não foi preciso que as figuras dos altares chorassem sangue ou que um raio de luz descesse do teto da igreja: bastaram aquelas bocas tristes e o coração a correr para outro lado para sentir nisso um chamamento.
No domingo seguinte esteve desconcentrado o tempo todo, ansioso pelo momento da comunhão, não pensando senão em observar os progressos das cáries dentárias dos seus fiéis. Teve a sensação de que todos os males tinham origem naquelas bocas fustigadas e não duvidou de que a salvação do mundo começaria pela sua própria conversão.

Para o substituir veio um rapaz novo, simpático, de dentes ainda muito brancos.
Ele passou a atender todos os domingos, logo a seguir à missa. De mangas arregaçadas, mãos muito limpas, os instrumentos meticulosamente arrumados na mala que passou a acompanhá-lo. Uma espécie de novo altar.

Andarilhámos (e foi bom)... (1)

... mas a nossa passagem foi rápida e só nos chegou às narinas um cheirinho do que tanto por lá se passou. Para uma reportagem mais detalhada, recomendamos um salto ao Bicho dos Livros.



O auditório 1 no Jardim Público de Beja (desta vez, passou-se quase tudo ao ar livre, à sombra de árvores e toldos improvisados). A acompanhar-nos quase sempre um ventinho que fazia esvoaçar os panos e parecia mesmo fazer parte do cenário. Não se estava nada mal...



Na horizontal, à sombra, balançando nas redes, As Histórias Repousadas, contadas ao ouvido pela Editora BOCA.

E duas das revelações deste Verão (até porque os ouvi Portugal acima Portugal abaixo no CD Era, Não Era? (Boca): Carlos Marques e Ana Sofia Paiva. Dois talentosos actores e contadores, com uma graça muito especial. Vejam-nos e ouçam-nos: ouvi dizer que vão estar no Festival Terra Incógnita (Lisboa).

quarta-feira, 5 de setembro de 2012


A N na Agenda Cultural de Lisboa.
(Obrigada Ricardo.)

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Almoços no jardim

Há dias cheios de amigos.
E outros mais sozinhos.


























Às segundas, quartas e sextas, quando o tempo está bom, almoçamos no jardim (os almoços maravilhosos feitos pela São).

Criámos um tumblr para guardar algumas fotografias que fomos tirando. Quem quiser espreitar, é aqui.