segunda-feira, 30 de junho de 2008
Viagens para lugares que nunca fui
Com o aproximar das férias a aproximar-se (na verdade ainda não se aproximam, mas só a ideia de não estarem longe já não é nada má...), a cabeça começa a vaguear, louca, por esse mundo fora. Como diz Arthur Nestrovski, o autor deste livro:
"Para a gente viajar,
não precisa muito:
só a vontade,
só um pouco de tempo.
Basta abrir os olhos,
basta fechar os olhos.
Basta abrir um livro,
depois fechar."
"Viagens para lugares que nunca fui", editado pela brasileira Companhia das Letrinhas, propõe uma viagem a lugares imaginários, daqueles que uma pessoa sonha a vida toda e tantas vezes acaba por não ir.
O não-viajante deste livro vê mais de 9000 elefantes no Parque Kruger (África do Sul), conta coisas incríveis da cidade de Bessarábia, na Moldávia, visita Marrakesh, Sevilha, as Montanhas Celestes da China, o rio Negro do Amazonas ou a Ilha de Páscoa.
Tudo lugares que nunca viu, mas tratou de inventar, sem qualquer cerimónia.
O ilustrador Andrés Sandoval (vejam o site dele que vale a pena) juntou-se à viagem, tratando de imaginar ao lado do imaginado, fazendo ver o nunca visto.
Só uma curiosidade: o tipo de letra usado neste livro foi criado especialmente pelo ilustrador. Chama-se Asandoval.
Não resisto a pôr aqui mais umas imagens (não deste livro, mas de outros trabalhos do ilustrador). Vejam o site, vá lá...
sexta-feira, 27 de junho de 2008
A não perder
Se o guia Michelin desse estrelas aos contadores de histórias, estes* tinham 3. Mas eles só precisam das estrelas por cima da cabeça, para terem um tecto.
*Paulo Patraquim, *Cristina Taquelim e *Tim Bowley vão contar histórias hoje (27-junho) à noite (21h) na Praia da Torre, em Oeiras. Para além disso, haverá histórias contadas pelo Grupo de Contadores de Histórias Contabandistas e pela Bolsa de Contadores da Biblioteca Municipal de Oeiras (BMO).
Mais informações aqui e aqui.
Levar casaco, um amigo e uma toalha para se sentar.
(As imagens foram criadas pelo Planeta Tangerina para a sebenta do Palavras Andarilhas do ano passado e são inspiradas nas personagens dos contos tradicionais italianos recolhidos e recontados pelo Italo Calvino)
Feira Laica
Aqui fica mais um programa alternativo às praias a abarrotar: a 10.ª edição da Feira Laica que vai acontecer já este sábado, no espaço da Bedeteca.
Para além da feira, o programa inclui exposições de artes gráficas, pintura ao vivo, uma demonstração de serigrafia e gravura, e ainda actividades para os miúdos (por exemplo uma mini Laica onde os mais novos poderão vender brinquedos, livros antigos, produções artísticas e artesanais).
O programa, sempre independente, urbano e muito alternativo, pode ser consultado na íntegra aqui.
Já me esquecia: os livros do Planeta Tangerina também vão lá estar, representados pelo Manel e pela Raquel que vão à Laica com as suas divertidas mobilstories e os seus micro-aviões super-sónicos.
Vende-se mesmo de tudo nesta feira...
Bedeteca (Olivais), sábado 28 de Junho, entre as 11.00 e as 20.00.
Para além da feira, o programa inclui exposições de artes gráficas, pintura ao vivo, uma demonstração de serigrafia e gravura, e ainda actividades para os miúdos (por exemplo uma mini Laica onde os mais novos poderão vender brinquedos, livros antigos, produções artísticas e artesanais).
O programa, sempre independente, urbano e muito alternativo, pode ser consultado na íntegra aqui.
Já me esquecia: os livros do Planeta Tangerina também vão lá estar, representados pelo Manel e pela Raquel que vão à Laica com as suas divertidas mobilstories e os seus micro-aviões super-sónicos.
Vende-se mesmo de tudo nesta feira...
Bedeteca (Olivais), sábado 28 de Junho, entre as 11.00 e as 20.00.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
O rapaz já dá cursos
Pois é, os anos passam...
O nosso Bernardo, mais conhecido por Bernardo Carvalho, foi convidado a orientar um Curso de Ilustração Infantil no Ar.co - Centro de Comunicação e Arte Visual, ali à R. de Santiago, junto ao Castelo.
Excusado será dizer que o curso é mais do que recomendado: a todos que agora se iniciam nestas artes e e também a todos os outros que já sabem alguma coisa, mas têm vontade de saber mais.
Informações úteis sobre o curso:
Ilustração Infantil
Técnicas de ilustração e estratégias de representação e expressão relacionadas com o universo da literatura infantil. Desenvolvimento de trabalho prático através de exercícios que trabalham a relação da palavra com a imagem.
Professor: Bernardo Carvalho
Data: 7 a 17 Julho 2008, 2ª a 5ª das 10h00 às 13h00
Local: Rua de Santiago, 18, Lisboa
Preço: 24 horas - 230,00 €
Façam o favor de passar a palavra porque não é todos os dias que o mestre está disponível para transmitir todo o seu saber. E posso garantir-vos que vai valer a pena.
segunda-feira, 23 de junho de 2008
1946
Não sei bem onde é que a minha mãe desencantou estas revistas.
Sei que são de 1946, 100% portuguesas e que têm umas capas que continuam frescas que nem uma alface, como se fossem acabadas de fazer.
Na véspera do São João, aqui fica a capa da "Ver e Crer" dedicada a Santo António que saiu em Junho, há 62 anos.
Na véspera do São João, aqui fica a capa da "Ver e Crer" dedicada a Santo António que saiu em Junho, há 62 anos.
E ainda, as capas de Janeiro, Fevereiro e Novembro desse mesmo ano e um anúncio cheio de estilo às deliciosas conservas de peixe (que despertam o apetite e alimentam).
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Porque amanhã é Sábado
Amanhã não devemos caber na praia. As toalhas devem estar encostadas umas às outras, o creme protector da pessoa que está ao nosso lado deve ficar colado ao nosso braço (e não conhecemos a pessoa de lado nenhum), para ir até à água devemos ter de saltar alguns sacos de praia, contornar os chapéus-de-sol, tropeçar em várias lancheiras, desviarmo-nos de 4 bolas, pisar 3 velhinhas e chocar com 9 barrigudos.
O melhor mesmo é ir ao CCB ao lançamento do livro do João Vaz de Carvalho e, depois, atravessar o rio para o outro lado e chegar à inauguração das duas exposições de ilustração que vai haver na Casa da Cerca, precisamente às 19.00.
O Bernardo participa numa das exposições com este desenho que aqui está. O tema que lhe calhou foi o cor-de-laranja.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
O dia em que a mamã ficou com cara de chaleira
Só o título dá vontade de rir...
É o novo livro da OQO, com ilustrações do "portuga" João Vaz de Carvalho.
O lançamento vai ser acompanhado por uma sessão de contos (com chá e bolinhos) e vai contar com a presença do ilustrador.
No próximo sábado, à tarde, no CCB.
É o novo livro da OQO, com ilustrações do "portuga" João Vaz de Carvalho.
O lançamento vai ser acompanhado por uma sessão de contos (com chá e bolinhos) e vai contar com a presença do ilustrador.
No próximo sábado, à tarde, no CCB.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
NO to age banding
É assim que os ingleses apelidaram o movimento contra a categorização dos livros por idades, sobre a qual já aqui falámos.
O movimento existe online (para quem queira conhecer alguns argumentos dos que defendem o "Não"), mas mesmo muito interessante é o texto que Philip Pullman (autor do livro "The Golden Compass") escreveu há dias no The Guardian a propósito da polémica.
Notícia via Cadeirão Voltaire.
O movimento existe online (para quem queira conhecer alguns argumentos dos que defendem o "Não"), mas mesmo muito interessante é o texto que Philip Pullman (autor do livro "The Golden Compass") escreveu há dias no The Guardian a propósito da polémica.
Notícia via Cadeirão Voltaire.
Propostas do Planeta Tangerina
Para pais, educadores, bibliotecários e afins... preparámos um conjunto de propostas de exploração que têm como ponto de partida algumas das edições do Planeta Tangerina.
Tal como explicamos na apresentação, estas sugestões são apenas pistas ou pontapés de saída, como lhe chamamos...
Não são “lições”, nem “fichas de trabalho”, não procuram respostas “certas” ou “erradas”, não são “obrigatórias”, nem se deseja que sejam levadas “à letra”.
Não achamos que os livros necessitem de "Guias de Leitura" (pelo menos estes...) e respeitamos totalmente os diferentes caminhos de cada leitor.
Com estas propostas, agora à vossa disposição, gostávamos apenas de ajudar grandes e pequenos leitores, a melhor descobrirem os livros editados pelo Planeta Tangerina.
Esperamos que gostem.
Os PDF's podem ser descarregados aqui.
terça-feira, 17 de junho de 2008
Exposições na Casa da Cerca
Para o caso de o texto do convite não se ler:
O Ar.co -Centro de Arte e Comunicação Visual, faz 35 anos. A Casa da Cerca, Centro de Arte Contemporânea, em Almada, faz 15. Para festejar tantos aniversários inauguram na dita Casa (da Cerca) duas exposições de ilustração a não perder:
Uma retrospectiva (1983-2008) de "Brian Cronin" e "Cor" que reúne trabalhos de alguns dos mais ilustres mestres ilustradores portugueses: João Fazenda, Nuno Saraiva, Miguel Rocha, Daniel Lima, Alez Gozblau, Bernardo Carvalho, entre outros.
As ilustrações apresentadas foram produzidas em serigrafia pelo CPS.
A inauguração é no próximo sábado, às 19.00h.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
21 projectos do século 21
“21 Projectos do Século 21, Reflexos da Arquitectura Portuguesa na década actual”, sob a coordenação de José Manuel Fernandes. Fotografias de Ana Janeiro.
Exposição patente no Pavilhão de Portugal, na Expo Saragoça 2008.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
À Descoberta de Serralves
Estes cadernos não são preguiçosos!
Convidam a usar a cabeça para imaginar... e as mãos para desenhar e colorir, fazer recortes e colagens divertidas.
As actividades propostas vão ajudar a descobrir algumas das (muitas) experiências que podem viver em Serralves.
Os dois primeiros números já estão disponíveis na Loja Serralves.
Uma péssima ideia
Tudo começou com um estudo encomendado por uma associação britânica de editores que concluiu que cerca de 86% dos leitores vê com bons olhos a indicação de uma recomendação etária nos livros para crianças (ou seja colocar nos livros a idade ou segmento de idade para os quais são recomendados).
Algumas editoras, desejosas de "agradar ao mercado" e "aumentar a confiança dos consumidores nas suas escolhas", apressaram-se a anunciar a sua pretensão em generalizar esta indicação etária a todos os livros destinados aos públicos mais jovens.
Segundo estes mesmo editores, os autores por si representados foram previamente consultados e terão dado o "amén" a esta iniciativa, mas parece que não terá sido bem assim...
Felizmente, um coro de protestos levantou-se imediatamente e dezenas de escritores e ilustradores britânicos têm vindo a apresentar argumentos fortes para que esta ideia seja abandonada.
É que uma coisa são brinquedos que podem representar um perigo físico real para certas idades...
Uma coisa são roupas e sapatos que servem aos 5 e (em princípio) aos 10 já não servirão...
Uma coisa são papas, com glúten, sem glúten ou medicamentos...
Outra coisa ainda são livros escolares que cumprem um programa e se destinam a ensinar matérias...
E outra coisa, que não tem mesmo nada a ver com as anteriores, são livros-livros. Livros com histórias e ilustrações, com caminhos abertos ou que se vão abrindo, à medida que os nossos pés de leitores por dentro deles avançam (os pés pequenos avançam de uma maneira; os maiores, avançam de outra. Qual é o mal disso?).
Dizem os defensores desta ideia (incluindo alguns autores, é verdade) que as pessoas (coitadas...) não sabem escolher livros para crianças, que ficam muito baralhadas quando vão às lojas e que não têm paciência para ler os livros para melhor poderem decidir. Tudo isto pode ser verdade... e talvez seja necessário, até, criar formas de ajudar pais e educadores a fazer escolhas.
Mas fará sentido segmentar um objecto que pode (e deve) ter níveis de leitura tão variados? Fará sentido catalogar os livros e impedir a sua leitura por leitores de "determinadas" idades?
E se um leitor gosta de livros com poucas palavras e muito ilustrados mas, por acaso, "já tem" 12 anos, deverá ser encaminhado para a prateleira-etária "correcta" da livraria ou biblioteca?
Não deverá cada leitor ter direito ao seu caminho, ao seu ritmo, a escolher os livros que mais vontade tem de ler?
E, depois, já estou mesmo a ouvir os pensamentos de certos meninos-leitores (sempre desejosos de serem e parecerem mais crescidos): "Diz aqui 4 anos, por isso não é para mim". Mesmo que a mão curiosa até tenha vontade de folhear as páginas, mesmo que os olhos até tenham vontade de descobrir a história...
Em cada livro, cada leitor consegue descobrir os lugares para se agarrar e não cair, para avançar sem se perder (e se tropeçar ou se perder, pode sempre voltar para trás ou simplesmente trocar um livro por outro)... Por isso, fará sentido pôr um cadeado nas portas dos livros e só dar as chaves a determinados leitores? (Só esta palavra "determinados" é já extremamente irritante...)
Eu defendo que se deixem as portas abertas para que possam os leitores entrar à sua vontade!
Em Inglaterra a discussão vai continuar nos próximos dias.
Para seguir no Cadeirão Voltaire ou directamente no "The Guardian".
Algumas editoras, desejosas de "agradar ao mercado" e "aumentar a confiança dos consumidores nas suas escolhas", apressaram-se a anunciar a sua pretensão em generalizar esta indicação etária a todos os livros destinados aos públicos mais jovens.
Segundo estes mesmo editores, os autores por si representados foram previamente consultados e terão dado o "amén" a esta iniciativa, mas parece que não terá sido bem assim...
Felizmente, um coro de protestos levantou-se imediatamente e dezenas de escritores e ilustradores britânicos têm vindo a apresentar argumentos fortes para que esta ideia seja abandonada.
É que uma coisa são brinquedos que podem representar um perigo físico real para certas idades...
Uma coisa são roupas e sapatos que servem aos 5 e (em princípio) aos 10 já não servirão...
Uma coisa são papas, com glúten, sem glúten ou medicamentos...
Outra coisa ainda são livros escolares que cumprem um programa e se destinam a ensinar matérias...
E outra coisa, que não tem mesmo nada a ver com as anteriores, são livros-livros. Livros com histórias e ilustrações, com caminhos abertos ou que se vão abrindo, à medida que os nossos pés de leitores por dentro deles avançam (os pés pequenos avançam de uma maneira; os maiores, avançam de outra. Qual é o mal disso?).
Dizem os defensores desta ideia (incluindo alguns autores, é verdade) que as pessoas (coitadas...) não sabem escolher livros para crianças, que ficam muito baralhadas quando vão às lojas e que não têm paciência para ler os livros para melhor poderem decidir. Tudo isto pode ser verdade... e talvez seja necessário, até, criar formas de ajudar pais e educadores a fazer escolhas.
Mas fará sentido segmentar um objecto que pode (e deve) ter níveis de leitura tão variados? Fará sentido catalogar os livros e impedir a sua leitura por leitores de "determinadas" idades?
E se um leitor gosta de livros com poucas palavras e muito ilustrados mas, por acaso, "já tem" 12 anos, deverá ser encaminhado para a prateleira-etária "correcta" da livraria ou biblioteca?
Não deverá cada leitor ter direito ao seu caminho, ao seu ritmo, a escolher os livros que mais vontade tem de ler?
E, depois, já estou mesmo a ouvir os pensamentos de certos meninos-leitores (sempre desejosos de serem e parecerem mais crescidos): "Diz aqui 4 anos, por isso não é para mim". Mesmo que a mão curiosa até tenha vontade de folhear as páginas, mesmo que os olhos até tenham vontade de descobrir a história...
Em cada livro, cada leitor consegue descobrir os lugares para se agarrar e não cair, para avançar sem se perder (e se tropeçar ou se perder, pode sempre voltar para trás ou simplesmente trocar um livro por outro)... Por isso, fará sentido pôr um cadeado nas portas dos livros e só dar as chaves a determinados leitores? (Só esta palavra "determinados" é já extremamente irritante...)
Eu defendo que se deixem as portas abertas para que possam os leitores entrar à sua vontade!
Em Inglaterra a discussão vai continuar nos próximos dias.
Para seguir no Cadeirão Voltaire ou directamente no "The Guardian".
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Notícias do Sargo II ou Foi bonita a tarde, pá...
Eram cinco e meia tarde e soprava um vento forte sobre o Sargo.
As bandeirinhas começaram a abanar a grande velocidade, as jarras das flores vacilaram, as toalhas que cobriam algumas das mesas levantaram as saias acima do permitido.
Depois aproximou-se uma nuvem carregada, daquelas que não deixa margens para dúvidas... e pensámos "Ai meu Deus, que será da nossa festa?".
Mas depois o Sr. António apareceu.
O Sr. António trabalha há anos no Sargo. Já sabe que quando o vento sopra assim, o tempo daqui a nada vai estar assado. Que pode até haver muitas nuvens no céu, mas que à hora tal, é garantido (com uma precisão na casa das meias horas), o vento amaina e o sol brilha de novo.
"Isto às seis e meia, pára" disse ele "podem estar descansados".
O Sr. António não falhou. E às seis e meia da tarde, hora prevista para o nosso triplo lançamento, o vento soprava de feição.
Ficou linda a tarde e, à parte algumas ausências, foi um lançamento quase perfeito. Reuniram-se ali quase todas as coisas boas da vida: amigos, família, petiscos, mar, sol, o Verão a começar, flores do campo verdadeiras... e livros, claro.
Parafraseando um título célebre, queríamos dizer obrigado a todos...
Aos que apareceram, aos que tentaram aparecer mas não deu mesmo, aos que só abriram o mail do convite no dia seguinte, aos que ficaram retidos em reuniões de trabalho, aos de sempre, aos novos e aos velhos amigos, às mães, aos pais, aos tios e às tias, aos primos, a todos... Que venham mais tardes assim.
É verdade, as rifas, para quem queria saber: o número sorteado foi o 043, que deu direito à serigrafia maior. Sorteámos ainda duas serigrafias mais pequenas, com os números 061 e 237.
Obrigada à Ana, por algumas das fotos e a todos os amigos que nos têm enviado imagens. Ainda havemos de "postar" mais...
domingo, 8 de junho de 2008
Notícias do Sargo I
Entre rifas, livros, comes, bebes, barcos à vela, salada de polvo, manjericos, feijoada, sol, lua e muitos amigos ainda houve tempo para nos juntarmos à volta de uma mesa a fazer desenhos.
Os artistas foram muitos e bons: a Madalena, a Beatriz, a Benedita, a Gabriela, o Simão, as Saras, o André, o Miguel, a Catarina e muitos outros.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Mais um lançamento...
As publicações Serrote distinguem-se (a léguas) de tudo o que se faz em Portugal.
Na próxima 4.ª feira, na livraria Trama, vai ser lançado não um dos cadernos tradicionais Serrote, mas um livro.
Chama-se "Minho" e é inspirado no ponto cruz com que são bordados os famosos lenços dos namorados minhotos. Como explica o Nuno, no site, este livro "foi integralmente desenhado pixel a pixel. É uma publicação recheada de ilustrações minhotas, tais como, as Croças, as Chegas, os Cabeçudos ou a Coca de Monção". Eu já vi e gostei muito...
Este não é um bicho qualquer...
Conhecemo-los de Oeiras, do tempo em que "ainda eram urbanos".
Abriram uma livraria especializada em literatura infantil, num sítio longe de quase tudo mas que, mesmo assim, se enchia de gente aos fins-de-semana. Gente que vinha de longe, gente que vinha de perto, pais e filhos que não falhavam um fim-de-semana, viciados nas histórias da Mafalda, na simpatia da Elsa, já habituados ao espaço aconchegante (que, aposto, foi montado, pregado e pintado pelas mãos do Pedro).
O ano passado anunciaram que se iam mudar para o campo. Que tinham finalmente encontrado o lugar que procuravam. Como diz a Mafalda "um sítio sem nada à volta, em que se visse um castelo, que desse para ver o mar e que tivesse ainda uma grande árvore para penduramos um baloiço e contarmos histórias à sua sombra".
Parecia impossível encontrar um sítio assim, mas eles lá conseguiram. São determinados estes bichinhos de conto. Quando metem uma na cabeça, não há quem os demova!
A livraria (que é também galeira de arte e bastidores da editora) abriu em Dezembro, em Casais Brancos, perto de Óbidos, no espaço de uma antiga escola primária.
Este mês inaugura a programação regular.
Ontem estivemos lá, numa festa que juntou muitos amigos da casa:
Experimentámos o baloiço (é óptimo, quase nos faz voar).
Ouvimos uma história à sombra do pinheiro gigante.
Deitámo-nos na erva (não é relva, é erva mesmo).
Gritámos para dentro do poço (disseram-nos que mora lá o eco, e é verdade).
Bebemos licor de ginga servido em taças de chocolate...
... E desarrumámos um montão de livros (claro).
A livraria do Bichinho de Conto merece que vamos lá uma vez por mês.
É verdade que é longe, mas o sítio é lindo, a casa está fantástica e eles, todos eles, são pessoas com pê grande.
O site novo mora aqui e contém todas indicações para se lá chegar sem hesitações.
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