segunda-feira, 18 de junho de 2012

Libertem as crianças disto

Em tempo de exames, Teolinda Gersão volta a ter 14 anos e acaba por escrever a redação que os netos gostariam de escrever (diz ela "as palavras são minhas, mas as ideias são todas deles").
O texto chama-se "Redacção - Declaração de Amor à Língua Portuguesa" e saiu no Público de hoje, mas também está disponível no site do Observatório da Língua Portuguesa.
Eu, que nunca tive especial simpatia pelos excessos burocráticos da gramática e que sempre achei que o mais importante é ler, ler e ler e gostar muito de ler, subescrevo cada linha até ao palavrão final.

Vou chumbar a Língua Portuguesa, quase toda a turma vai chumbar, mas a gente está tão farta que já nem se importa. As aulas de português são um massacre. A professora? Coitada, até é simpática, o que a mandam ensinar é que não se aguenta. Por exemplo, isto: No ano passado, quando se dizia “ele está em casa”, ”em casa” era o complemento circunstancial de lugar. Agora é o predicativo do sujeito.”O Quim está na retrete” : “na retrete” é o predicativo do sujeito, tal e qual como se disséssemos “ela é bonita”. Bonita é uma característica dela, mas “na retrete” é característica dele? Meu Deus, a setôra também acha que não, mas passou a predicativo do sujeito, e agora o Quim que se dane, com a retrete colada ao rabo.

Sem comentários: