sexta-feira, 25 de março de 2011

Última chamada para Bolonha



Jutta Bauer (na foto), vencedora da última edição do Prémio Andersen será uma das convidadas de honra da Feira de Bolonha deste ano: é ela a ilustradora da capa do catálogo de 2011 e, tal como o italiano Philip Giordano (vencedor do Prémio de Ilustração da Feira + Fundação SM), terá direito a uma exposição individual dos seus trabalhos.


Philip Giordano

E o que há mais para ver em Bolonha?
(Para além de conferências algo técnico-comerciais, encontros sobre licenciamento e afins...)

A Lituânia é o país convidado desta edição e preparou um conjunto de exposições a que chamou Illustrarium (o site do evento conta tudo aqui). Deste país, será possível ver ilustração contemporânea e também o trabalho de jovens artistas, mas a exposição que parece ser mais interessante é a terceira: Soviet Lithuanian Children's Book Illustration, uma mostra histórica que reúne trabalhos de ilustradores desde 1945 aos anos 90.



Leonardas GUTAUSKAS




Vytautas BANYS


Vytautas BANYS

Duas outras novidades: o encontro TOC — "Tools of Change for Publishing" que propõe um dia inteiro de conferências sobre "Digital Storytelling"ou, dizendo de outro modo, como é que os editores estão a lidar e vão viver neste mundo de livros digitais e Ipad's.
O evento esgotou em poucos dias. As conferências podem ser acompanhadas via Twitter aqui.

E uma outra novidade: a Feira vai apresentar um novo Prémio, desta vez para distinguir o trabalho de Museus para Crianças. Uma excelente ideia, a que podem concorrer alguns dos nossos serviços educativos (e não estou a ser irónica).

A feira inaugura já esta segunda-feira e nós estaremos de partida no domingo bem cedo, para montar o stand e pôr tudo a postos para a maratona de reuniões.
Este ano partilharemos o espaço com a Topipittori (Itália) e a Notari (Suíça).
Quem estiver por lá e quiser fazer-nos uma visita, é muito bem-vindo.
Estaremos no Hall 29, stand D36.

Ariivederci amici.
Para a semana estamos de volta (com boas notícias, esperamos!).

Escolhas difíceis



quarta-feira, 23 de março de 2011

Tóquio

O Japão antes da terra tremer (tanto).
Filmado e editado pelo Bernardo há mais-ou-menos um ano.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia Mundial da Poesia



Avós, pais, filhos, bebés, miúdos e adolescentes estivemos todos ontem, no CCB a celebrar este dia.



O Joel de mochila e mala, preparado para a grande viagem...



As meninas da escola Eb 2, 3 de Santo Tirso orgulhosas do seu poema...





Algumas das malas construídas num dos ateliers. Malas para encher de palavras preferidas (ou malas para encher de palavras de que não gostamos e que queremos muito mandar para longe).



O atelier de preparação do Trocoscópio...




... e as imagens trocoscopadas.



Finalmente, o atelier inspirado no livro "Cá em Casa Somos".
Obrigado a todos os que vieram até ao CCB.

Alguns poemas...

... mais ou menos dadaístas como lhes chamou aqui o Bibliotecário de Babel.











Um Dia, um Guarda-Chuva... no PÚBLICO de sábado



"Quem nunca perdeu um guarda-chuva ponha o dedo no ar. (Já pode baixar.) Foi isso que aconteceu ao senhor do cachimbo, que deixou o seu “protector de intempéries” no autocarro. De mão em mão, eis como o guarda-chuva passará o resto do dia. Afugentar um ladrão, transportar dois gatos, ajudar um equilibrista e um realizador serão algumas das funções que lhe estarão destinadas pelos donos temporários. Um Dia, Um Guarda-Chuva é um livro que conquista de imediato o leitor. Seja porque logo se revê ou porque se interessa pelo percurso daquele objecto fotogénico (melhor dizendo, gráfico) tão fácil de ficar esquecido. As pistas que cada ilustração vai dando para que se antecipe o cenário das páginas seguintes são de grande eficácia e sedução. Bela obra de estreia “estrangeira” de uma editora que só tinha publicado títulos “fabricados em Portugal”, embora com seres de um planeta especial: o Tangerina."

Um Dia, Um Guarda-Chuva
Texto Davide Cali
Tradução Isabel Minhós Martins
Ilustração Valerio Vidali
Edição Planeta Tangerina
32 págs., 12,50 euros


Rita Pimenta (Letra Pequena)


quinta-feira, 17 de março de 2011

E os Gambozinos

Ainda o Dia Mundial da Poesia: como a Cristina Madureira lembrou, o Bando dos Gambozinos vai estar no Pequeno Auditório às 15hoo. Mais uma grande razão para passar pelo CCB.

Sobre as ideias

O pior que pode acontecer quando julgamos ter uma ideia nova é perceber que a ideia não é tão original assim. Que outra pessoa, noutro canto do mundo, há dois meses ou há 35 anos tenha tido uma ideia parecida com a nossa é uma coisa estranha, uma descoberta um bocadinho amarga (quando a ideia parecia mesmo boa), que rapidamente faz esmorecer aquela luz espetacular que as boa ideias sempre trazem. As luzes apagam-se e partimos para outra, com a sensação de que já nos devíamos ter lembrado daquilo há mais tempo. Chegámos atrasados... Azar.

Muitas vezes a ideia até é resolvida de uma forma diferente daquela que imaginámos e, provavelmente, até chegaríamos a um resultado diferente daquele que vimos concretizado se não a abandonássemos. (Mas, bolas, uma pessoa tem o seu orgulho... E pegar numa ideia que já passou por mãos alheias, não é uma sensação muito agradável.)
As ideias simples podem ser as mais traiçoeiras (as ideias simples, no caso dos álbuns ilustrados podem ser as mais espetaculares). Por vezes a ideia é tão simples que de certeza já foi tomada por alguém; mas também acontece o contrário: damo-nos conta de que aquela ideia ainda estava desocupada e pensamos: como é possível?



Ainda nada? Christian Voltz, Kalandraka

Já me aconteceu ter uma ideia para um livro e ainda antes de a começar a escrever, descobrir (graças aos céus!) que não a poderia usar pois já existia num (fantástico) livro da Kalandraka chamado "Ainda nada?". A ideia, que já vivia feliz na minha cabeça há umas semanas, era exatamente igual à deste livro: as páginas divididas ao meio por uma linha que separa a superfície do interior da terra, e um menino que espera o nascimento de qualquer coisa que plantou. Cá fora, a expetativa é grande, mas para os leitores ainda é maior porque se apercebem do que se vai passando debaixo da terra, graças às imagens que mostram aquilo que as personagens não veem.

Felizmente (ou será infelizmente?) só sabemos de muitas destas coincidências à posteriori. Porque esbarramos com elas num site de alguma editora ou porque alguém nos disse que uma amiga viu um livro parecido com o nosso, numa livraria qualquer. Nestes casos, acho que há pessoas que ficam sempre desconfiadas (umas mostram, outras não): e passa-lhes pela cabeça palavras como "plágio" ou "inspiração não assumida" (lembrei-me deste caso aqui). Mas, obviamente, é muito natural que estas coisas aconteçam: a não ser que sejamos génios do outro mundo, as cabeças podem fazer percursos parecidos, pisar o chão que alguém já pisou, perseguindo uma ideia, uma preocupação ou uma motivação qualquer, vendo graça num detalhe, num objeto, numa situação que mais ninguém reparou... ou que pensávamos que mais ninguém tinha reparado.






Cars, A little golden book

Sobretudo quando falamos de álbuns ilustrados, que para além das palavras e das imagens, partem de uma ideia que se quer forte, convém não nos repetirmos (num caso de um romance, já é diferente: a mesma ideia pode ser repetida e podemos ter sempre livros muito diferentes). Mas às vezes repetimo-nos mesmo (em parte ou na totalidade) e não ganhamos para o susto.

Tudo isto para dizer que há poucos dias encontrei estes dois belos livros (um de 1961; outro de 1973) que me fizeram lembrar dois dos nossos: A Grande Invasão e Andar Por Aí.
No caso do livro Cars, trata-se apenas de uma coincidência de tema.
Mas, em The Listening Walk as semelhanças nas primeiras páginas chegam a ser assustadoras. Depois o livro vai por outro caminho... e sente-se um enorme alívio.







The Listening Walk, Paul Showers e Aliki

As duas descobertas foram feitas no blogue The Apple and the Egg.
Já agora, descobri que este último livro teve uma versão mais recente, 30 anos depois da original, mas também 30 vezes pior (espreitem aqui).
Às vezes o tempo pode não ser o bom conselheiro (ou o tempo ou o editor, neste caso não se sabe).

terça-feira, 15 de março de 2011

Dia Mundial da Poesia

Vamos estar no dia 20 de Março, Domingo, a comemorar o Dia Mundial da Poesia no CCB. Há actividades para todos (todas as idades, todos os gostos). Este ano a Maratona da Leitura é dedicada a Herberto Hélder, vai haver uma exposição de Mário Botas, (O Jogo e o Caos — a não perder, apostamos) e muito mais.
O Planeta Tangerina vai montar um trocoscópio gigante no Foyer Maria Helena Vieira da Silva (piso 2).
Apareçam entre as 11h00 e as 19h00 de Domingo.

Mais informações aqui.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Isto é que é um jornal

O Guardian acaba de lançar um site dedicado "apenas" aos livros para crianças.
O site é dirigido aos leitores mais novos e as críticas e sugestões de melhoria já começaram a chegar.

terça-feira, 8 de março de 2011





Sinais da Primavera... cá e no quintal vizinho.