Os muros também gritam (e muito alto)
O objetivo era conseguirmos fazer gritar este muro feito com caixotes de cartão...
As primeiras palavras foram apenas um sussurro, mas em breve tudo iria mudar (todos os gritos começam por ser um burburinho).
Cada um escolheu as suas palavras de ordem e, muito naturalmente, o muro dividiu-se em duas partes: rés-do chão, onde pintavam os mais pequenos e 1.º andar, onde chegavam os braços dos mais crescidos.
A certa altura, começaram a sobrepor-se camadas de tinta, que é como quem diz, vozes e mais vozes. Houve sandálias dentro da tinta, muitos vestidos salpicados, trinchas que passearam do muro para as calças dos pais... mas ninguém se zangou. Gritar (com tinta) faz bem!
Mais céu
Aqui, o ponto de partida foi um balão que transformámos num pássaro: olhos, bicos, asas... já está: agora toca a voar.
Ver com as mãos
Em Latim "manifesto" significa "pegar com as mãos" (que é como quem diz agarrar qualquer coisa, levá-la a peito, lutar por ela). Tudo começou com uma parede vazia...
... que se foi enchendo e completando. O que trazes aí na mão? O que queres agarrar para não fugir? Qual vai ser a tua mensagem?
Escolhe uma mão, aproveita a forma e inspira-te: em que é que ela se pode transformar?
O Simão Silva não vê problema nenhum em fazer conviver na palma da mão uma tarântula bem grande com um pequeno guarda-rios... Viva a natureza.
Obrigado a todos os que apareceram e deram corpo ao manifesto.
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