sexta-feira, 29 de maio de 2009

Em formato Pwp

Primeiro foi o "Pê de Pai" que chegou à caixa de correio do meu pai, vindo de um amigo que por sua vez o recebeu de outro amigo, numa cadeia de forwards que não sabemos onde começou.
Há poucos dias foi o "Coração de Mãe" da mesma forma digitalizado (capa e contracapa incluídas) e passado para dentro de um powerpoint que anda agora por aí a correr.
Confesso que não sei muito bem o que pensar deste tipo de circulação dos livros.
Por um lado, uma pessoa sente-se honrada. Bolas, alguém dar-se ao trabalho de digitalizar um livro de uma ponta à outra, é porque gosta dele. Agrada-me também a ideia de um livro poder circular livremente, ser partilhado sem limites.
Pergunto opiniões e dizem-me que até pode ser boa publicidade. Que um powerpoint nunca substituirá um livro, que é uma forma de o dar a conhecer e por aí fora.
Por outro lado, há a questão dos direitos de autor e da própria perda de qualidade do livro, que se transforma noutra coisa, diferente da que está à venda nas livrarias porque as imagens perdem, obviamente, qualidade.
Estou a lembrar-me agora, a propósito desta questão dos direitos de autor, de duas ou três professoras terem-me já dito com a maior inocência (e boa vontade) que não conseguiram arranjar um dos nossos livros e que o fotocopiaram. Eu faço um sorriso amarelo (de que cor haveria de ser?) porque até percebo que a intenção é boa e não há sequer noção do que está em causa.

Passa-se o mesmo com estes Powerpoints.
Não sei mesmo o que pensar.

6 comentários:

{anita} disse...

Sintam-se honrados! nada substitui um livro e quem gostar de livros continuará a comprá-los. Os mails chegam a muita gente, mesmo
àqueles que nunca entram numa livraria e pode ser que um dia um mail abra o apetite a alguém para oferecer o livro. A situação dos direitos de autor é complicada, mas penso que não vale a pena lutar contra a maré e muito menos ter atitudes demasiado rigorosas, que só servem para gerar antipatias...

Anónimo disse...

Um bom tema para debater ao estilo Mocamfe!!! Quando tiverem chegado a uma conclusão comuniquem! Eu também não sei bem o que pensar! Só sei uma coisa - é que vocês são o MÁXIMO!!! E tu,Isabel, és uma estrela das que brilham muito, muito! lucy

Billy disse...

Também não sei ao certo o que pensar mas acho que estou de acordo com a Anita.

Se calhar em breve será altura de pensar noutro tipo de protecção da propriedade intelectual, nomeadamente com uma daquelas licenças mais permissivas. Também é uma coisa em que ando a pensar e sobre a qual não cheguei a nenhuma conclusão. O que sim, me choca, é que façam dinheiro ilegitimamente com o trabalho alheio, e enquanto essa fronteira não for cruzada, não é tão mau assim.

angelina maria pereira disse...

Está bem, está bem!... Não há dúvida que digitalizar um livro inteirinho, indica que alguém gostou tanto dele que se 'apropriou' dele e quer partilhar com outros! mas os Direitos de Autor, senhores? Não, não concordo isto e, MUITO MENOS, com as malfadadas fotocópias!! Hoje, apesar das livrarias não estarem, fisicamente, em qualquer vila e ou aldeia, há a Internet ( a mesma que permite andar a enviar powerpoints) que nos possibilita a enmcomenda de todo e qualquer livro!Parabéns à Isabel, ao Bernardo e ao Planeta Tangerina pelos belíssimos livros com que nos presenteia!

Ana Paula Oliveira disse...

Não concordo com a circulação das digitalizações dos livros que impedem a sua compra. É uma apropriação abusiva, uma falta de respeito para com o autor, um desrespeito pelo livro. Se o autor não põe o livro a circular na Internet, por que carga de água vão outros fazê-lo?
Um sorriso amarelo por saber que os livros são fotocopiados é muito suave! A resposta devia ser não com um sorriso (seja qual for a cor) mas com um insulto. E dos grandes!
Parabéns à editora Tangerina e aos seus autores pelo magnífico trabalho.

Mónica (em Campanhã) disse...

tb já recebi, e respondi a dizer que o livro era mil vezes melhor. não penso muito bem sobre isso nem sobre nenhuma mensagem em cadeia na net (mas ninguém vos/nos pergunta antes de fazer, pois não?)