Eu sei que os pavilhões são velhos, que não "têm design" como se diz por aí, que pesam toneladas (e que é duro arcar com o peso das portadas todos os dias), que os livros se molham quando chove, que morremos de calor quando está sol, que não há casas de banho por perto... mas, mesmo assim, gosto da feira, que querem?
Por isso me irritam tanto estes impasses idiotas, estes jogos de braço-de-ferro entre poderosos, esta maneira tão portuguesa de deixar para a última da hora as decisões... e assim condicionar infinitamente as decisões de todos os outros que delas dependem.
Claro que vai haver feira, claro que a APEL tem de "se modernizar" e que um dia os pavilhões terão de mudar. Mas pensem nisso com antecedência e tratem lá de fazer a feira sem mais conversas paralelas...
Não é uma vergonha que um sector "tão apetecido" (como agora se diz) como "o do livro" pareça ser feito de pessoas que não sabem resolver os problemas internos? Que parecem não saber juntar-se e ser solidárias dentro do seu sector? Que vivem de costas voltadas e não percebem que, por isso, o tornam mais fraco? Que, enfim... dão um grand(a) mau aspecto!?
sexta-feira, 16 de maio de 2008
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9 comentários:
Eu também gosto da Feira.
Acho que só na APEL é que não gostam da feira, digo eu.
Também adoro a feira.
Concordo inteiramente com o comentário.
Não vejo a hora de rumar a Lisboa ao encontro destes "amigos".
No fim do mês...
O meu primeiro trabalho foi dar folhetos da Imprensa Nacional Casa da Moeda às pessoas que passavam na feira do livro. Se calhar era ilegal (tinha 9 anos, se bem me lembro) mas adorei até porque despachámos os folhetos num instante e passámos o resto da tarde a comer gelados sentadas na relva. E ainda ganhei 750$ o que era uma fortuna.
Mais tarde, já com uma idade decente, voltei à feira para trabalhar numa dessas famosas barraquinhas de livros que — é verdade — não são muito jeitosas. Mas também gostei. Gostava dos fãns de ficção científica e dos que queriam completar a colecção dos westerns ou dos policiais (chegavam com um papelinho e iam dizendo, quero o 56, o 8, o 12, o 18). A barraquinha era a dos livros de bolso da Europa-América.
Também gosto da feira. A feira cheira a Verão, apesar de muitas vezes chover.
Encontrei à dias, numa redacção da 2ª classe da Teresa, a última ida à Feira do Livro. A redacção era sobre feiras e ela não se lembrava do nome desta mas descreveu-a com um insuspeito prazer. Supreendida pela memória de um dia tão vulgar, ficou a promessa de voltar este ano... afinal, até os pequenos de 8anos gostam da Feira!
eu também gosto da feira, desde sempre. às vezes zango-me com ela, mas volto sempre, arruino-me sempre, ano após ano. irrita-me também este impasse, estarmos a 4 dias da suposta data de início e não sabermos se inicia. haver um site da feira, irmos lá e... "programa disponível brevemente". estão-se borrifando também para nós, leitores.
Oh Mada, eu e a Cristina M. também nos lembramos disso, já nos fartámos aqui de rir com essas tão boas memórias da feira do livro! beijinhos!!
Eu também gosto da feira! As minhas recordações mais remotam têm paragem aí, na Feira do Livro, sentada num banco à sombra a devorar o livro que tinha acabado de comprar. GOSTO que a Feira tenha ganho nos últimos anos pequenos cocnertos e espectáculos, no fndo uma oferta mais diversificada, mas DETESTO como os livros e o espírito da feira está de repente reduzido a lutas entre editoras.
Chegar ao final da tarde com os pés a latejar de cansaço e eu de contentamento sempre foi uma memória da Feira do Livro. Espero que continue a ser, apesar destas guerras com tendas à mistura. Tenho ainda algumas solas para gastar!
Eu tambem adoro a feira. Vamos todos, e cada um de nós pode escolher um livro. Era assim com a minha mãe e é assim agora. Compramos sempre mais, claro... E normalmente o meu livro tambem e assim meio infantil...e voces, estão lá? Bjs Joana
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