terça-feira, 31 de março de 2009
O Farol de Sonhos está de volta
Serigrafias inéditas criadas a partir das ilustrações dos livros "Um Dia na Praia" e "O Meu Vizinho é Um Cão".
Para ver a partir de 5.ª feira, 2 de Abril, na Biblioteca Municipal de S. Domingos de Rana (Cascais). A inauguração será neste dia, às 18.30. Apareçam!
Clicar na imagem para aumentar.
Sala de Caça
A Leonor Pêgo inaugura também no dia 2 (mas às 9.30 da noite) a exposição "Sala de Caça - Instalação/Desenho".
É na Galeria Municipal Lagar de Azeite em Oeiras (Rua do Aqueduto, Palácio Marquês de Pombal, Oeiras.)
Pai e Mãe em Silves
O mês que aí vem parece ser rico em exposições, mostras, exibições...
Na Bilioteca Municipal de Silves, inaugura amanhã (dia 1) uma exposição de ilustrações dos livros "Coração de Mãe" e "Pê de Pai".
A exposição estará patente até dia 30 de Abril e haverá visitas guiadas e animações de leitura baseadas neste par de livros.
segunda-feira, 30 de março de 2009
Para mim novo, novo... foram os checos
Quando vamos a Bolonha há sempre um país, uma editora ou uma maneira nova de pensar os livros que marcam mais a nossa visita.
Já foram os franceses (e continuam a ser).
Já foram os coreanos e os japoneses.
Já foram os álbuns “duros” para crianças com temas difíceis, complicados.
Já foram os indianos (o ano passado com os fantásticos livros da Tara Publishing).
E tantos outros.
Cada pessoa terá as suas revelações, em diferentes tempos, muitas vezes com décadas de atraso em relação ao “colega do lado”, porque os percursos de descoberta são mesmo muito pessoais, com pano que dá para mangas e mangas de conversa...
As mesmas pessoas podem ter acesso aos mesmos livros, mas o impulso que as faz, num dado momento, esticar o braço para um livro e não para outro, é mesmo isso — um impulso, coisa que vem de dentro, resultado da combinação de muitas e variadas forças.
Este ano, uma das grandes revelações da feira foram para mim as edições da República Checa. Não conheço bem a história deste país na área da edição infantil, mas, pelo que oiço, aqui e ali, de gente mais entendida, pressinto-a rica, com uma já longa tradição, que trouxe até nós, por exemplo, o trabalho de Kveta Pacovska. Os checos andaram durante algumas décadas meio adormecidos, um pouco decadentes até, mas nos últimos anos uma série de novas editoras e autores vieram trazer um novo fôlego à edição.
Em Bolonha, o stand checo era um bom exemplo de como um país se pode juntar e facilmente apresentar os seus trunfos, aposto que sem serem precisos muitos milhares de euros. A exposição “16 figs — New Czech Illustrations From the Last Decade” apresentava 16 expositores verticais, cada um com a fotografia em grande formato de um ilustrador e alguns exemplares, disponíveis para serem folheados, dos respectivos livros. Para além do trabalho de ilustração de grande qualidade, sobressaía o cuidado ao nível dos materiais e acabamentos: papeis diferentes, novas texturas, capas, sobrecapas e guardas elegantemente vestidas, muitas vezes em tecido, revelando um trabalho especial na construção do livro como objecto que se toca e tacteia.
O lado racional só pensa “ como deve ser cara a produção...”.
Mas o outro lado, o tal dos instintos, só pensa “é tão perfeito, quero levar isto para casa já”.
Para descobrir aqui a extraordinária Baobab, editora checa que trabalha com as novas gerações de autores.
Etiquetas:
Bolonha
sexta-feira, 27 de março de 2009
Bolonha em três passos
Bolonha 1
Há dias em que a feira dá literalmente cabo de nós.
Não são só os olhos e a cabeça (porque os olhos, espertos, vão despejando tudo para dentro cabeça), mas também as pernas e os pés. Dentro da feira, percorremos quilómetros de corredores, perdemo-nos entre pavilhões, saltamos de país em país, sempre andando feitos loucos. Esmagam-nos tantas hipóteses e esmaga-nos também o medo de perder qualquer revelação fantástica, ali tão perto, ao virar da esquina, misturada com milhões de outras coisas.
E o problema é que depois saímos e a viagem continua.
Bolonha 2
Como de costume, andámos quilómetros sob as arcadas da cidade.
Roupas, sapatos e maquilhagem a passarem ao nosso lado, e os pés avançando incansáveis: a caminho da livraria Stoppani, a caminho do pequeno-almoço, a caminho da paragem do autocarro que nos leva à feira, de regresso à Stoppani, ao café, à exposição, e finalmente ao quarto, as pernas cansadas, três quilos de livros em cada mão.
As arcadas de Bolonha têm um efeito quase hipnótico: cansados, é fácil entrarmos naquele ritmo marcado pelas colunas de um lado, as lojas do outro. Cansados, podemos perder-nos durante horas, sem dar por nada, entregues ao ritmo das colunas e das lojas, ora à esquerda ora à direita, conforme subimos ou descemos as ruas.
Bolonha 3
Tenho impressão de carregar nas pontas dos dedos centenas de livros. Mas tenho também a impressão de só ter visto a décima parte de um milésimo de tudo o que havia para ver.
Já ordenei aos meus olhos que fossem calmos, menos ansiosos, quando se trata de livros. Os ensinamentos de ioga têm surtido alguns efeitos, mas ainda tenho muito que aprender.
Há dias em que a feira dá literalmente cabo de nós.
Não são só os olhos e a cabeça (porque os olhos, espertos, vão despejando tudo para dentro cabeça), mas também as pernas e os pés. Dentro da feira, percorremos quilómetros de corredores, perdemo-nos entre pavilhões, saltamos de país em país, sempre andando feitos loucos. Esmagam-nos tantas hipóteses e esmaga-nos também o medo de perder qualquer revelação fantástica, ali tão perto, ao virar da esquina, misturada com milhões de outras coisas.
E o problema é que depois saímos e a viagem continua.
Bolonha 2
Como de costume, andámos quilómetros sob as arcadas da cidade.
Roupas, sapatos e maquilhagem a passarem ao nosso lado, e os pés avançando incansáveis: a caminho da livraria Stoppani, a caminho do pequeno-almoço, a caminho da paragem do autocarro que nos leva à feira, de regresso à Stoppani, ao café, à exposição, e finalmente ao quarto, as pernas cansadas, três quilos de livros em cada mão.
As arcadas de Bolonha têm um efeito quase hipnótico: cansados, é fácil entrarmos naquele ritmo marcado pelas colunas de um lado, as lojas do outro. Cansados, podemos perder-nos durante horas, sem dar por nada, entregues ao ritmo das colunas e das lojas, ora à esquerda ora à direita, conforme subimos ou descemos as ruas.
Bolonha 3
Tenho impressão de carregar nas pontas dos dedos centenas de livros. Mas tenho também a impressão de só ter visto a décima parte de um milésimo de tudo o que havia para ver.
Já ordenei aos meus olhos que fossem calmos, menos ansiosos, quando se trata de livros. Os ensinamentos de ioga têm surtido alguns efeitos, mas ainda tenho muito que aprender.
Etiquetas:
Bolonha
sexta-feira, 20 de março de 2009
Não estranhem...
Se não atendermos o telefone.
Se não respondermos aos e-mails.
Se não abrirmos a porta a ninguém.
Até à próxima quinta-feira estaremos em Bolonha, na Feira do Livro Infantil.
A Cristina estará por cá, a tomar conta da casa e a atender recados urgentes.
Boa semana para todos.
Se não respondermos aos e-mails.
Se não abrirmos a porta a ninguém.
Até à próxima quinta-feira estaremos em Bolonha, na Feira do Livro Infantil.
A Cristina estará por cá, a tomar conta da casa e a atender recados urgentes.
Boa semana para todos.
Etiquetas:
Bolonha
quinta-feira, 19 de março de 2009
Uma festa mesmo à porta
A Primavera está quase a chegar e para lhe dar as boas vindas vai haver no próximo sábado, nos Jardins da Gulbenkian, a "Festa do Desenho e Paisagem".
O programa diz assim:
"6 oficinas a decorrer ao mesmo tempo em diferentes locais do jardim.
Para todos os que gostam de desenhar, para todos os que nunca experimentaram e para aqueles que querem descobrir novos caminhos, desenhando."
A entrada é livre, é uma festa para todas as idades mas as oficinas têm uma lotação máxima (definida de acordo com a estrutura e capacidade de cada atelier).
Todas as informações estão disponíveis no site da Gulbenkian e no site da Associação Traços na Paisagem.
Aconteceu no Paquistão
A história começa no dia em que Greg Mortensen, enfermeiro de profissão e alpinista de coração, se perde nas montanhas do Paquistão após uma tentativa falhada de escalar o K2, o segundo pico mais alto do mundo.
Exausto e desorientado, Mortensen vagueia pelas montanhas paquistanesas até avistar Korphe, uma pequena aldeia perdida no mapa, onde é recebido e ajudado pela população.
Enquanto recupera, Mortensen apercebe-se de que a aldeia é tão pobre que nem sequer há uma escola ou dinheiro para pagar a um professor. As cerca de 80 crianças de Korphe têm aulas ao ar livre, à chuva e ao sol, e Mortensen promete a si mesmo fazer alguma coisa para as ajudar.
São comuns, entre viajantes de países abastados, estas promessas... São ainda mais comuns os esquecimentos, mal se aterra em solo desenvolvido e se afunda o rabo num sofá bem confortável. Por isso é que esta história é diferente e merece ser contada: Mortensen não esqueceu a promessa e iniciou uma campanha de recolha de fundos para construir a escola de Korphe. Conseguiu o dinheiro, construiu-se a escola e a história até podia ter acabado aqui (e já não seria nada má). Acontece que Mortensen se entusiasmou com a filantropia e, depois desta escola, seguiram-se muitas outras, até serem hoje cerca de 80, erguidas entre o Afeganistão e o Paquistão e contribuindo para a educação de 28.000 crianças (entre elas 18.000 raparigas que nunca tinham ido à escola).
Mortensen contou a sua história num livro "para adultos" a que chamou "Three cups of tea". Não é o meu género de livro, i must say. Mas este "Listen to the wind" que faz a adaptação desta mesma história para crianças, chamou a minha atenção.
Apesar do grafismo duvidoso, que contamina o belo trabalho de ilustração de Susan L. Roth, a história é bonita e encerra uma bela lição.
A crítica aos livros de Mortensen (versão para adultos, jovens e crianças) está agora disponível no site do NYTimes (onde se contam também mais pormenores sobre esta história).
Já agora aproveitem para reparar como é uma crítica completa, mostrando os aspectos positivos e negativos das várias versões, o que funciona e o que não funciona, o que até podia ser uma boa ideia e se torna excessivo. Gostei de ler.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Eric Carle, by himself
"I often joke that with a novel you start out with a 35-word idea and you build out to 35,000 words. With a children's book you have a 35,000-word idea and you reduce it to 35. That's an exaggeration, but that's what's taking place with picture books."
"I cannot do a book that says market research has found that three-year-old girls like the colour red or that boys like tractors. I've been asked so many times to do a tractor book. I could do a tractor book. But I don't know how to do tractors."
(sobre o pai) "When I was little, from the beginning, he read the funny papers to me, told me stories, drew pictures, went for walks. Telling stories and walking and stopping and looking; nothing terribly important. But that has been so important in my life. The older I get, the more I know that's so true."
Eric Carle, a estrela rock da literatura para crianças, em entrevista ao jornal The Guardian.
"I cannot do a book that says market research has found that three-year-old girls like the colour red or that boys like tractors. I've been asked so many times to do a tractor book. I could do a tractor book. But I don't know how to do tractors."
(sobre o pai) "When I was little, from the beginning, he read the funny papers to me, told me stories, drew pictures, went for walks. Telling stories and walking and stopping and looking; nothing terribly important. But that has been so important in my life. The older I get, the more I know that's so true."
Eric Carle, a estrela rock da literatura para crianças, em entrevista ao jornal The Guardian.
sexta-feira, 13 de março de 2009
Index
Na Index, está a decorrer uma exposição de ilustração (com originais de Cristina Valadas, Marta Madureira, Elisabete Ferreira e meus).
Eu tenho lá dois desenhos que fiz para um livro (ainda inédito) sobre o Vitorino Nemésio.
Na imagem de cima (pormenor de uma das ilustrações), podemos ver Genuína Baganha, uma criada da casa das Tias Menezes a dar sopas de leite ao Vitorino-menino, e a quem o Vitorino-crescido dedicou os seguintes versos:
"A Genuína Baganha
Foi servir pra nossa casa:
Criou-me como melrinho
Debaixo da sua asa!
Dava-me sopas de leite
Cantando-me uma cantiga:
‘O menino nã nas come?
Nã nas acha na barriga!’"
Cantando-me uma cantiga:
‘O menino nã nas come?
Nã nas acha na barriga!’"
Uma curiosidade: a cadeirinha foi desenhada a partir de uma fotografia da cadeira verdadeira que está na Casa Museu Vitorino Nemésio na Praia da Vitória.
quinta-feira, 12 de março de 2009
A cabana de Roald Dahl
Seguindo o mapa deixado no blogue O Livro Infantil, cheguei facilmente à cabana secreta de Roald Dahl. Foi neste espaço, construído nas traseiras do seu jardim, que Dahl escreveu dezenas de livros para crianças, não permitindo que ninguém entrasse, nem sequer para fazer limpezas.
Podemos ver o cadeirão de Dahl e, logo em frente, a mesinha de apoio forrada a tecido de feltro, onde costumava escrever. Se abrirmos a caixa de informação correspondente, ficamos a saber que Dahl tinha por hábito escovar esta mesa, muitas vezes suja de restos de borracha, antes de começar a trabalhar. Outro hábito do escritor: afiar os seis lápis de carvão amarelos, que também lá estão, dentro de uma caneca de loiça, ao lado do cadeirão.
Junto aos lápis, outros objectos intrigantes cuja história rapidamente conhecemos: a cabeça do fémur do escritor, retirada por um cirugião que diz ter sido a maior por ele já vista, restos da espinhal medula de Dahl, uma baleia esculpida em osso de baleia...
Impressionante o que nos traz a internet com meia dúzia de passos. O espaço íntimo de um escritor, a possibilidade de espreitar os papéis que se amontoam no seu caixote do lixo ou de quase tocar a almofada onde pousava os pés enquanto escrevia.
Para entrar na cabana, siga por aqui até encontrar uma porta de madeira amarela.
Se lhe cheirar a rosas, é porque já não está longe...
Podemos ver o cadeirão de Dahl e, logo em frente, a mesinha de apoio forrada a tecido de feltro, onde costumava escrever. Se abrirmos a caixa de informação correspondente, ficamos a saber que Dahl tinha por hábito escovar esta mesa, muitas vezes suja de restos de borracha, antes de começar a trabalhar. Outro hábito do escritor: afiar os seis lápis de carvão amarelos, que também lá estão, dentro de uma caneca de loiça, ao lado do cadeirão.
Junto aos lápis, outros objectos intrigantes cuja história rapidamente conhecemos: a cabeça do fémur do escritor, retirada por um cirugião que diz ter sido a maior por ele já vista, restos da espinhal medula de Dahl, uma baleia esculpida em osso de baleia...
Impressionante o que nos traz a internet com meia dúzia de passos. O espaço íntimo de um escritor, a possibilidade de espreitar os papéis que se amontoam no seu caixote do lixo ou de quase tocar a almofada onde pousava os pés enquanto escrevia.
Para entrar na cabana, siga por aqui até encontrar uma porta de madeira amarela.
Se lhe cheirar a rosas, é porque já não está longe...
quarta-feira, 11 de março de 2009
Propostas do Planeta Tangerina
Com o aproximar do Dia do Pai começam a chegar-nos alguns convites para visitarmos escolas e bibliotecas interessadas em explorar nesta "época" o livro "Pê de Pai".
Com alguma pena nossa, não podemos aceitar todos os convites (aquela conversa das formiguinhas que trabalham com afinco não é nenhuma ficção)...
No entanto, não queríamos deixar de colaborar, lembrando a educadores, professores, bibliotecários e pais que estão disponíveis no site do Planeta Tangerina algumas propostas de actividades para realizar com as crianças em torno deste livro.
Resta-nos desejar-vos bom trabalho... para regressarmos, também nós, ao trabalho já de seguida.
Os PDF's com as propostas podem ser descarregados aqui.
Com alguma pena nossa, não podemos aceitar todos os convites (aquela conversa das formiguinhas que trabalham com afinco não é nenhuma ficção)...
No entanto, não queríamos deixar de colaborar, lembrando a educadores, professores, bibliotecários e pais que estão disponíveis no site do Planeta Tangerina algumas propostas de actividades para realizar com as crianças em torno deste livro.
Resta-nos desejar-vos bom trabalho... para regressarmos, também nós, ao trabalho já de seguida.
Os PDF's com as propostas podem ser descarregados aqui.
terça-feira, 10 de março de 2009
Um livro para devorar à dentada
Vem aí mais um livro apetitoso, irresistível até, da colecção Mini Orfeu.
Depois de "O Livro Inclinado" chega-nos agora a história de Henrique, o rapaz que adorava livros, mas não da mesma maneira que nós adoramos...
"O Incrível Rapaz que Comia Livros" recebeu o prémio de Melhor Livro Infantil 2007, atribuído pelo Irish Book Awards e merece ser apreciado até à última migalha.
"O Incrível Rapaz que Comia Livros" recebeu o prémio de Melhor Livro Infantil 2007, atribuído pelo Irish Book Awards e merece ser apreciado até à última migalha.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Histórias com Bicho: agenda para Março
A Livraria Histórias com Bicho já divulgou o seu programa para o mês de Março.
Está disponível aqui.
Está disponível aqui.
terça-feira, 3 de março de 2009
Le Printemps des Poètes
A Primavera dos Poetas chegou ontem às cidades francesas.
De 2 a 15 de Março, escolas, bibliotecas, museus e teatros abrem as portas à poesia, acolhendo lançamentos, espectáculos, leituras ou encontros com poetas. Haverá também um grandioso banquete poético (com acontecimentos inesperados) e um dia de passa-poemas (10 de Março) que nos convida a oferecer, trocar, postar ou "fazer deslizar debaixo de uma porta" um poema.
Eu participo desde já com este (en français, mais oui), de Jean Tardieu, o grande homenageado deste edição:
Outils posés sur une table
Mes outils d'artisan
sont vieux comme le monde
vous les connaissez
je les prends devant vous :
verbes adverbes participes
pronoms substantifs adjectifs.
Ils ont su ils savent toujours
peser sur les choses
sur les volontés
éloigner ou rapprocher
réunir séparer
fondre ce qui est pour qu'en transparence
dans cette épaisseur
soient espérés ou redoutés
ce qui n'est pas, ce qui n'est pas encore,
ce qui est tout, ce qui n'est rien,
ce qui n'est plus.
Je les pose sur la table
ils parlent tout seuls je m'en vais.
Jean Tardieu, "Poèmes pour la main droite", Formeries, 1976
A Primavera já vai na sua 11.ª edição e este ano o tema é o RISO.
O site oficial mora aqui (espreitem as antologias que vale a pena).
De 2 a 15 de Março, escolas, bibliotecas, museus e teatros abrem as portas à poesia, acolhendo lançamentos, espectáculos, leituras ou encontros com poetas. Haverá também um grandioso banquete poético (com acontecimentos inesperados) e um dia de passa-poemas (10 de Março) que nos convida a oferecer, trocar, postar ou "fazer deslizar debaixo de uma porta" um poema.
Eu participo desde já com este (en français, mais oui), de Jean Tardieu, o grande homenageado deste edição:
Outils posés sur une table
Mes outils d'artisan
sont vieux comme le monde
vous les connaissez
je les prends devant vous :
verbes adverbes participes
pronoms substantifs adjectifs.
Ils ont su ils savent toujours
peser sur les choses
sur les volontés
éloigner ou rapprocher
réunir séparer
fondre ce qui est pour qu'en transparence
dans cette épaisseur
soient espérés ou redoutés
ce qui n'est pas, ce qui n'est pas encore,
ce qui est tout, ce qui n'est rien,
ce qui n'est plus.
Je les pose sur la table
ils parlent tout seuls je m'en vais.
Jean Tardieu, "Poèmes pour la main droite", Formeries, 1976
A Primavera já vai na sua 11.ª edição e este ano o tema é o RISO.
O site oficial mora aqui (espreitem as antologias que vale a pena).
Encontro de Literatura Infantil no Porto
Hoje o Porto marca pontos por aqui...
A Fundação Cupertino de Miranda receberá nos próximos dias 18 e 19 de Março o I Encontro de Literatura Infantil organizado pela Ambar.
As inscrições são gratuitas.
O programa pode ser consultado aqui.
Via Lucy (nossa querida e sempre atenta informadora).
A Fundação Cupertino de Miranda receberá nos próximos dias 18 e 19 de Março o I Encontro de Literatura Infantil organizado pela Ambar.
As inscrições são gratuitas.
O programa pode ser consultado aqui.
Via Lucy (nossa querida e sempre atenta informadora).
Mostra de Ilustração de Inês Oliveira
Inês Oliveira, ilustre ilustradora (gosto de juntar estas palavras) vai expor alguns dos seus originais e livros impressos na livraria Papa-livros (R. D. Manuel II. Ed 81, Loja 44, Porto).
A imagem do cartaz-convite fala por si e torna desnecessárias quaisquer palavras elogiosas ao trabalho desta artista.
(Já agora, digo apenas que esta ilustração faz parte do livro "O Grande Voo do Pardal", uma edição da D. Quixote, com texto de Lídia Jorge).
Parabéns à Inês.
Subscrever:
Mensagens (Atom)