Duas exposições (além-fiera) a não perder. De 2/3 a 8/4, no Museo Civico Archeologico di Bologna: Atak - Mirabilia e de 2 a 31/3, na Squadro Stamperia Galleria D'arte: Blexbolex – Hours-Zone.
Sábado passado, à noitinha, na Póvoa de Varzim, a organização dos Prémios LER/Booktailors anunciou os vencedores desta edição. Na categoria "Melhor Design Infanto-Juvenil" saiu vencedor o "O Livro dos Quintais", distinção que nos deixou muito orgulhosos.
Infelizmente não pudemos estar presentes para receber a estatueta (a cerimónia quase coincidiu com a noite dos óscares, repararam?), mas agradecemos muito à organização, ao júri e aos leitores que contribuíram com o seu voto (a decisão do júri também teve em conta os votos dos leitores).
Enquanto a andorinha-do-mar-ártica cruza os ceús (sem motor) à procura de terras mais amenas, Bernardo Carvalho cruza os céus (de avião) e encontra Bolonha coberta de neve.
No livro "Ir e Vir" falamos de alguns animais incríveis que fazem grandes viagens pelo planeta, em busca de alimento ou de locais amenos para ter as suas crias. Um dos casos mais impressionantes é o da andorinha-do-mar-ártica que inaugura a lista de exemplos de viajantes espetaculares que mostramos neste livro.
A andorinha-do-mar-ártica é uma ave pequenina (pesa cerca de 100 g), desajeitada em terra, mas muito elegante quando voa. Todos os anos, em julho/agosto, deixa as terras geladas do ártico e parte para o sul, regressando a casa no ano seguinte, com a chegada da primavera. Durante um ano, percorre mais de 50.000 quilómetros (ida e volta), sendo "uma das criaturas da terra que mais vê a luz do sol".
Neste vídeo é contada a história do mapeamento da rota de migração das andorinhas-do-mar-árticas. Este projeto, conduzido por um grupo de investigadores do Greenland Institute of Natural Resources, permitiu conhecer com detalhe o percurso das andorinhas ao longo de um ano de viagem. Os cientistas colocaram pequeníssimos geo-localizadores (cada um pesa 1,4 g) nas patas de dez aves e seguiram os seus caminhos, descobrindo quais os locais onde o grupo parou para se alimentar ou onde se dividiu para seguir rotas diferentes (na linha do Equador, o bando divide-se em dois: umas seguem junto à costa africana, outras pela costa da América do Sul).
Tudo isto é incrível e chega a ser comovente: um animal de 100 gramas, a voar desta maneira, sempre atrás da luz do sol, regressando a casa um ano depois (cheio de sol e de cheiro a mar). Uma pequena maravilha.
Obrigada ao Ricardo (Tomé) pelo envio deste vídeo e pela ajuda na revisão do texto.
A Máquina de Virar Páginas é apenas a última invenção de Joseph Erscher, artista cinético dos mais afamados. Virar uma página de jornal implica 19 passos que incluem café a ferver, um hamster amestrado, um mata-moscas e muitas bolas em movimento, e ainda, bem na retinha final, a espantosa performance de um rolo de fita-cola.
Se tiverem 2 minutos e 15 segundos, espreitem aqui outra das suas criações: a Máquina Botânica, construída com a ajuda de 40 crianças locais para a última Bienal de Veneza e que surgiu integrada num projeto sobre alterações climáticas.
Uma boa ideia para replicar nas escolas (à falta de outros argumentos, nem que seja porque esta deve ser uma das formas mais divertidas de aprender Física, Química, Geometria, Mecânica, Matemática e também Arte, Poesia, Trabalhos Manuais... Está tudo ali.)
Lançamento do livro "Onde moram as casas" de Carla Maia de Almeida e Alexandre Esgaio na Associação SOU (Rua Maria 73, Lisboa) dia 18 de fevereiro, sábado, às 15h30.
O nosso "prestigiado atelier e editora" tem a honra de anunciar que o Bernardo teve direito a um post no (esse sim prestigiado) Almanaque Silva.
O pretexto são as capas que o Bernardo tem vindo a criar para coleção de livros de Alice Vieira, editada pela Caminho, pela mão do também prestigiado José Oliveira.
“Um Livro Para Todos os Dias” foi o primeiro livro publicado pelo Planeta Tangerina e uma espécie de experiência-piloto para os projetos que se seguiram.
A primeira edição, de Outubro de 2004, tinha 64 páginas e algum excesso: de exemplos, palavras e imagens... (o Rossio na Betesga, como se costuma dizer, tão próprio de muitos "primeiros livros"). Nas edições que se seguiram fomos fazendo alterações: cortámos um caderno inteiro de páginas, melhorámos o lettering da capa, alterámos algumas frases, mudámos outras de lugar. Nesta 4.ª edição, a chegar às livrarias, o processo continuou: as frases finais já não são as mesmas (mudam-se os tempos, mudam-se as vontades) e o formato aumentou ligeiramente.
Um livro também é isto: um bicho vivo, em constante movimento.
Na Terra, não somos os únicos a percorrer grandes distâncias. Tal como nós, muitas aves, peixes e mamíferos deslocam-se todos os anos centenas de quilómetros, em busca de alimento, terras amenas ou de um bom lugar para ter as suas crias. Estes viajantes incríveis deixam-nos espantados com as distâncias que percorrem, mas não só. Há mais qualquer coisa no modo como viajam que nos pode fazer abrandar e pensar.
“Ir e Vir” acompanha as viagens extraordinárias das andorinhas-árticas, das borboletas-monarca ou dos gnus africanos e desafia-nos a pensar sobre o modo como vivemos e nos movimentamos, muitas vezes pondo em risco o equilíbrio do planeta.
Ilustrações selecionadas para Exposição Ilustrarte 2012.
O site Flavorwire classificou a Ler Devagar como uma das 20 livrarias mais belas do mundo. A Lello, do Porto (já acostumada a estes rankings) também está na lista.
Claro que é linda!
(a imagem é de um dia feliz: o lançamento da "Manta" e do "Primeiro Gomo da Tangerina")
Quem me conhece sabe que não sou grande fã de pop up's. (Não é propriamente não gostar, mas tenho tendência a torcer o nariz àqueles livros — quase sempre de grande sucesso — que, depois de mil e um prolongamentos, a certa altura da carreira se transformam num pop up). Esta exposição não tem nada a ver com isto...
"Da página para o espaço: esculturas em papel publicadas" reúne trabalhos de quase 100 artistas do século XX, que exploraram as possibilidades de materializar algumas das suas esculturas partindo do suporte livro. Ou seja, todas as peças que fazem parte desta exposição (que está na Biblioteca de Serralves só até 5 de Fevereiro) são obras tridimensionais, para recortar e montar, e foram publicadas em livros, desde os anos 50 aos nossos dias.
Durante o próximo fim-de-semana (dias 4 e 5), Serralves propõe também um atelier de Engenharia de Papel com Catarina Leitão (não faço ideia se ainda há vagas, mas aqui há mais informações.)
O Planeta Tangerina é uma empresa especializada na criação de projectos editoriais destinados aos públicos infantis e juvenis, desenvolvendo um trabalho global do qual faz parte a criação de conceitos, conteúdos, ilustrações e todo o trabalho gráfico inerente a uma publicação.
A Editora Planeta Tangerina aposta na edição de álbuns ilustrados, para pequenos e grandes leitores: filhos, pais, pais e filhos em conjunto ou... simplesmente leitores. Do princípio ao fim, cada livro é pensado como um todo: da ideia ao texto, das ilustrações ao design ou à escolha do papel, todos os elementos se conjugam pela qualidade do todo final.