Andreia Brites debruçou-se sobre "O rapaz que gostava de aves (e de muitas outras coisas)" e tirou algumas conclusões. A saber:
(...)
O ritmo repetitivo e rimático ecoa as marcas oralizantes das vozes dos pais, dos avós, dos professores, no seu tom pessimista e conformado, e deixa o leitor à beira de um ataque de falta de ar, em solidariedade com o pobre Ricardo, que cresce encolhido.
Depois, tudo muda: Ricardo cansa-se de se sentir preocupado e abandona a lista interminável de missões para evitar o fim do mundo.
(...)
Ao texto de Isabel Minhós Martins, Bernardo Carvalho responde com uma paleta de cores fortes e figuras expressivas. Ricardo, o protagonista, está sempre em interacção com o espaço, aparecendo especialmente bem integrado nos ambientes naturais (a mergulhar no lago, a olhar para a copa das árvores - ou será para o céu? - no bosque, a observar as minhocas e a gota de orvalho que escorre pela folha verde). Também na ilustração se destaca a mudança, numa página dupla onde reina a ave, com as suas asas meio difusas num apogeu de cor.
O texto integral pode ser lido aqui, no blog O Bicho dos Livros.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
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