"Num tempo em que perigosamente a distribuição e acesso a todas as facetas da vida na Terra é compartimentada por direitos de propriedade estanques, sopesar alternativas de relacionamento não é apenas importante como compulsório. A patenteação de produtos agrícolas, até hoje “livres” e “naturais”, a privatização da água, a re-confirmação de fronteiras intransponíveis, a hierarquização de importâncias conforme o poder (económico, militar, social), e a relativização cultural de valores éticos que, sendo esgrimíveis, devem ser claros, são apenas alguns dos escolhos lançados na tempestade dos tempos contemporâneos. Uma pequena distância crítica e mecanismos ficcionais, mesmo que simples (mas não simplistas), é de uma utilidade extrema.
Que têm estes assuntos a ver com uma história de um urso com fome, que estaciona perto de uma figueira, esperando comer o figo que vai amadurecendo? Tudo."
Pedro Moura, no blogue LER BD, sentou-se à volta da figueira e saboreou os nossos figos. Não deixem de o ler:
http://lerbd.blogspot.pt/2016/04/os-figos-sao-para-quem-passa-joao-gomes.html
terça-feira, 26 de abril de 2016
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