sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Coisas em que não corremos o risco de nos tornar

A Scholastic Inc, conhecida editora americana vocacionada para o público infanto-juvenil, está a ser acusada por uma associação de consumidores de usar o seu Clube do Livro para vender nas escolas não apenas livros, mas uma série de outros produtos (supostamente associados), como jogos de vídeo, kits para fazer jóias, produtos de maquilhagem, etc.
Ao que parece, este estranho Clube do Livro é um verdadeiro sucesso, com cerca de 75% das escolas americanas a serem sócias e a receberem todos os meses autênticos folhetos tipo LIDL (ou Dica da Semana) com as mais variadas quinquilharias.



A Scholastic já tinha sido avisada para deixar de promover, nas escolas, livros de pintar das popularíssimas e muito sexy bonecas Bratz, mas pelos vistos o aviso não foi suficiente. Os pais queixam-se agora que os filhos fazem birras para encomendar a tralha promovida nas aulas, a Scholastic defende-se dizendo que os autocolantes ou brinquedos que os livros trazem servem para atrair "leitores não tradicionais", a associação de consumidores que agora alertou para esta situação diz (e com razão) que fazer dos brinquedos isco para os livros é o mesmo que dizer que os livros por si só não valem grande coisa.

As Bratz Dolls

Aqui o desenvolvimento da notícia.
Quando digo "coisas em que não corremos o risco de nos tornar" não falo obviamente das bonecas. Porque nunca se sabe... não é meninas?

1 comentário:

be(i)ja disse...

Isso faz-me lembrar qualquer experiênciazinha. A extinta Sair da Casca não fazia assim muito diferente. À boleia da comunicação pedagógica sobre consumo levava os meninos a visitarem o Continente, à boleia da comunicação pedagógica sobre alimentação saudável, oferecia leitinhos da mimosa e por ai adiante...