Ontem demos um salto à Biblioteca Nacional e aproveitámos para visitar a exposição sobre Sophia de Mello Breyner.
Por coincidência, no Jardim Assombrado, Carla Maia de Almeida recordava, também ontem, algumas das palavras de Sophia sobre os livros para crianças, ouvidas este fim-de-semana no programa A Força das Coisas da Antena 2, a propósito do Dia Mundial do Livro Infantil.
Há um problema nos livros para crianças que sempre me preocupou muito e que é um problema que dentro de uma organização capitalista é muito difícil de resolver, que é este: o livro para crianças deve ser um livro aberto, que abre o horizonte da criança para uma cultura literária, mas também deve abrir o horizonte da criança para uma cultura plástica. Aliás, as crianças, e eu já várias vezes em reuniões com crianças perguntei isso, querem um livro cuja ilustração seja bela. Ora, a ilustração dos livros é muito cara, e acontece esta coisa terrível – acontecia, no regime em que nós vivemos. É que um livro com ilustrações belas era um livro caro, que só podia ser comprado por crianças privilegiadas.
Desde então alguma coisa mudou? Pelo menos uma, assim de repente: a ilustração deixou de ser tão cara (o que se paga por ela e também, por mudanças tecnológicas, o preço da impressão).
Quanto ao resto, a conceção do que deve ser um livro para crianças, talvez alguma coisa comece a mudar, passo a passo, em algumas casas, devagarinho... Será?
Ler mais aqui.
Por coincidência, no Jardim Assombrado, Carla Maia de Almeida recordava, também ontem, algumas das palavras de Sophia sobre os livros para crianças, ouvidas este fim-de-semana no programa A Força das Coisas da Antena 2, a propósito do Dia Mundial do Livro Infantil.
Dizia Sophia em 1975:
Há um problema nos livros para crianças que sempre me preocupou muito e que é um problema que dentro de uma organização capitalista é muito difícil de resolver, que é este: o livro para crianças deve ser um livro aberto, que abre o horizonte da criança para uma cultura literária, mas também deve abrir o horizonte da criança para uma cultura plástica. Aliás, as crianças, e eu já várias vezes em reuniões com crianças perguntei isso, querem um livro cuja ilustração seja bela. Ora, a ilustração dos livros é muito cara, e acontece esta coisa terrível – acontecia, no regime em que nós vivemos. É que um livro com ilustrações belas era um livro caro, que só podia ser comprado por crianças privilegiadas.
Desde então alguma coisa mudou? Pelo menos uma, assim de repente: a ilustração deixou de ser tão cara (o que se paga por ela e também, por mudanças tecnológicas, o preço da impressão).
Quanto ao resto, a conceção do que deve ser um livro para crianças, talvez alguma coisa comece a mudar, passo a passo, em algumas casas, devagarinho... Será?
Ler mais aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário