Um artigo do Público dava conta, esta sexta-feira, de um estudo feito por uma empresa de consultoria em Língua Portuguesa que analisou alguns livros do segmento infanto-juvenil disponíveis no mercado. Conclui o dito estudo (disponível na íntegra aqui) que há, em geral, um certo descuido na revisão dos textos publicados. Gralhas, aberturas de parágrafo deficientes, incoerências gráficas, uso irregular dos artigos indefinidos ou pontuação insuficiente são alguns dos problemas mais comuns.
O estudo, sublinhe-se, não é nada de muito científico (nem próximo disso), mas a intenção parece-me boa: chamar a atenção para um segmento de leitores que, em muitas editoras, é tratado ainda com um certa condescendência e não apenas nesta área da revisão de texto.
A Letrário escolheu, aleatoriamente, 22 livros de diferentes editoras, nos quais identificou problemas em páginas escolhidas ao acaso. Depois propôs soluções.
No final, as editoras foram divididas por cinco grupos, consoante a maior ou menor presença de erros (diga-se de passagem que esta classificação, tendo por base apenas um livro, é discutível e, quanto a mim, dispensável).
As conclusões deste estudo não são propriamente uma novidade e este descuido não é exclusivo dos livros para crianças. Ainda há pouco, no site do Público, a frase em destaque dizia qualquer coisa como (citando alguém) "Eu recomendaria ao Ministro da Saúde que percebece as populações"...
Eu recomendaria ao Público que tivesse dó dos seus leitores. Porque este género de "pregos" doi no fundo da barriga.
domingo, 20 de janeiro de 2008
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